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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Campeonato Brasileiro - Corinthians x América MG

Eu confesso que um gol aos 27 segundos de partida me levou a pensar que seria goleada.
Em toque de bola rápido e com qualidade, o Corinthians colocou o America-MG no bolso durante os momentos iniciais da partida. “Hoje teeeeeem, heeeeeeein!!!” pensei cá com meus botões. No mínimo, a equipe estava cheia de vontade, cansada das críticas da última semana, e decidiu jogar bola pra mostrar que AQUI TEM UM BANDO DE CANDIDATOS AO TÍTULO.
Nada disso.
Não sei se é a dura realidade ou se foi a insegurança de Renan que acabou com qualquer possibilidade de bom futebol no resto do primeiro tempo. O América sequer demonstrava vontade de marcar gol, quando o arqueiro Corinthiano fez questão de dar uma ajudinha à equipe mineira, saindo mal na bola e deixando que os adversários empatassem, aos dezoito minutos de jogo.
Foto: abril.com

Daí em diante,  foi sofrível administrar o desgosto pelas trapalhadas vistas em campo e suportar o vento frio que batia na arquibancada. A falha de nosso goleiro interferiu na atuação de jogadores como Chicão e Castán,  que não costumam falhar, mas que passaram a optar por correr o risco de perder a bola em lugar perigoso a recuar para o goleiro-que-não-inspira-confiança-alguma.
E a torcida apoiou o time, cantando o tempo todo, em um Pacaembu com mais de trinta mil pessoas.
Eu, sempre otimista, acreditava que a equipe subiria renovada do intervalo e que os gols esperados, finalmente, sairiam.
Ao longo do dia, muitos leitores comentaram sobre a possibilidade do Corinthians jogar no 4-4-2, com Alex e Danilo na criação e dois homens na frente. Alguns tirariam Émerson, alguns tirariam JH… Tite optou por tirar o garoto Willian. Eu, sinceramente, entendo a alteração.
Ainda que tenha seu jeito afobado, Sheik tem bom preparo físico, atrapalha a zaga adversária e corre atrás da bola quando parece que está todo mundo tomando um cafézinho e batendo um papo em campo. O autor do gol Jorge Henrique é peça fundamental no time há anos: sabe marcar, sabe cruzar, sabe roubar bola, sabe fazer gol e, aparentemente, o único que sabe cabecear, mesmo com pouca altura.
Sobrou pra quem acabou de chegar.
Porque, né, um cara que custou 14 milhões e acerta nove faltas em dez cobradas no treinamento não tem porque ficar no banco. Tem?
A resposta veio na falta que ele cobrou aos 21 minutos da segunda etapa. Não foi direto para o gol, mas originou o lance do gol de Paulinho, bem posicionado. Se é estrela, técnica, jogada ensaiada ou coincidência, eu não sei. Só acho que um cara desses tem de ser titular. Absoluto.
(Além de tudo, adoro suas entrevistas: “Vencer era o mais importante e necessário para manter a ponta e voltar a vencer em casa. Depois de duas derrotas, dá uma bagunçada. Aquela paz que você tinha acaba virando. Esse componente emocional de ter mais dificuldade é coisa natural. Foi uma vitória difícil, mas acho que vai trazer um grande benefício para nós“.)
E que as zicas acabem logo, porque precisamos recuperar qualidade. Renan, Welder, Willian, Emerson… esses, sim, são nomes que a gente gostaria de ver na reserva, caso os titulares da vaga estejam disponíveis o quanto antes. Que voltem Julio César, Alessandro, Liedson… que chegue Adriano.
A trapalhada foi tão grande que sequer notei que jogamos metade do segundo tempo com um jogador a mais. Senti falta dos laterais e da boa atuação de Ralf também.
Em determinado momento da partida cheguei a me arrepender de ter escrito que esse Corinthians era o mais Corinthians dos últimos tempos. Porque faltou um pouco de CORINTHIANS ao Corinthians de ontem.
Você não acha?

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